BEM VINDOS

...

TEOLOGIA


Ola caro estudante , seja bem vindo !
Se você entrou aqui é porque está buscando conhecimento sobre a
Palavra de Deus. Quero dizer, que  para começar um estudo 
Bíblico Teológico, você está no lugar certo .Este curso será ministrado
através de videos do youtube ,por professores Católicos, Evangélicos e Judeus .
portanto encontrará em algumas aulas assuntos repetidos.Mesmo assim estude, pois 
lhe possibilitará está aprofundando o assunto, e observando por uma outra linha de pensamento .
e assim voce terá uma visão teológica interdenominacional.  É só observar 
a ordem que segue, e  adquirirá um conhecimento de tudo que aqui 
estudar, bem fundamentado na Palavra de Deus .Tenho certeza que após este
curso você não será o mesmo de quando entrou .Pois terá uma visão bem iluminada
ao se propor ler a Bíblia   
Fique a vontade, e espero que este curso  possa lhe ajudar
a fazer a sua caminhada em busca do conhecimento e da sabedoria.
Não desanime diante das primeiras dificuldades,como achar um 
assunto massante ,mas ele é necessário para que possa entender
os assuntos seguintes.Para você seguir o estudo é necessário que
adquira alguns matérias. Primeiro: Procure uma livraria e adquira
uma bíblia  de estudo 
( esta bíblia a melhor tradução, você vai encontrar em uma livraria evangélica ),
pois sem esta você não terá como  acompanhar e aprofundar a matéria dada.
É importante que depois da aula você leia todo texto ou historia bíblica que
foi citado aqui nas aulas,pois só assim você terá a visão geral do assunto ok ?
Terá que comprar também um caderno universitário ,caneta, lápis e borracha .
Quando estiver assistindo às aulas, e tiver que copiar a matéria, dê um pausa 
no videio, copie o que desejar, e depois é só seguir.
Pessoalmente acho  que seja de grande valia você copiar em seu caderno,pois assim em qualquer
lugar que estiver poderá está dando uma olhada na matéria e aprofundando-a .
Procurarei na medida do possível está colocando algum vídeo novo que for encontrando
no youtube,
Deus te abençoe hoje e sempre.
e boa sorte !

  OREMOS

Ó PAI , Sagrado princípio de todas as coisa,ao iniciarmos este curso,Te pedimos:
Traga-nos a luz da Verdade,para que firmados n'Ela, possamos Te conhecer,Te amar e Te servir.
A Ti como nosso único Deus Verdadeiro e ao Próximo como a nós mesmos.
Dai-nos a Sabedoria que sai do Vosso Trono, e a Humildade para reconhecermos que
tudo provem de Ti. Amém.


UNIVERSIDADE SÃO TOMAS DE AQUINO, COLÔMBIA

 Tabla de contenidos les vídeos .

Cada vídeo se compone de 3 temas e serão ministrados em espanhol. 

Se alguém tiver dificuldades em entender,poderá seguir com o curso ministrado pelo Instituto Cristão de Pesquisa 

  • Parte 1: Preliminares   
  • Parte 2: Introducción a la Biblia
  • Parte 3: Temas fundamentales de teología bíblica
  • Parte 4: Cristología y Mariología Básicas
  • Parte 5: Misterio de Dios
  • Parte 6: Pneumatología
  • Parte 7: Eclesiología y Ministerios
  • Parte 8: Síntesis de Historia de la Iglesia
  • Parte 9: Escatología
  • Parte 10: Moral Fundamental
  • Parte 11: Virtudes Humanas
  • Parte 12: Virtudes Teologales
  • Parte 13: Sacramentos
  • Parte 14: Evangelización
  • Parte 15: Temas Complementarios y Conclusión
 quadro de leitura biblica   ( sociedade biblica do brasil)

 DOMINICANO

                                  Fray Nelson Medina

 .
1ª a 3ª  AULA 

4ªª a 6ª AULA





7ªa 9ª- AULA



10ª a 12ª AULA



13ª a 15ª - AULA 




ANTROPOLOGIA TEOLOGICA
1ª AULA



SEGUIR O ESTUDO EM ORDEM NUMERICA
PELO YOUTUBE



SUMA TEOLOGICA S.TOMAS DE AQUINO



Curso de Teologia Basico Completo Ministrado "ICP INSTITUTO CRISTÃO DE PESQUISA))


Aula de Teologia 01 - Fértil Crescente (Parte I)



Aula de Teologia 02 - Fértil Crescente (Parte II)



Aula de Teologia 03 - A Criação do Universo

Aula de Teologia 04 - O Surgimento do Homem

.



Aula de Teologia 05 - Quem Foi a Mulher de Caim




Curso de Teologia 06 - O Motivo do Dilúvio



Aula de Teologia 07 - O Surgimento da Idolatria



Aula de Teologia 08 - A Chamada de Abraão



Aula de Teologia 09 - Abraão em Canaã


Aula de Teologia 10 - Abraão no Egito



Aula de Teologia 11 - Família Patriarcal




Aula de Teologia 12 - Abraão encontra Melquisedeque




Aula de Teologia 13 - A Descendência de Jacó



Aula de Teologia 14 - Período Patriarcal (Cronologia)




Aula de Teologia 15 - Período Patriarcal



Para as outras aulas favor acessar no youtube.
seguindo a ordem numérica

https://www.youtube.com/watch?v=4DRPNGY3z1o&list=PL38A45F463484C9B4



OS PATRIARCAS

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SIGA O ESTUDO PELA ORDEM  NUMÉRICA A
COMEÇAR PELO PRIMEIRO NO
YOUTUBE

https://www.youtube.com/watch?v=gmtYShMKyRs&index=30&list=PLOsgPk1tTg3-UHB9IugXGR5BDILAEcYHY



JUDAISMO E SUA ORIGEM  1ª VIDEO 





2ª VIDEO PARA COMPARAÇÃO





COMO LER E COMPREENDER TODA BIBLIA 
VEJA DIRETO NO YOUTUBE E SIGA O CURSO NA ORDEM, APRESENTADA 


ERROS da Bíblia - O que Jesus Disse e o Homem e Padre Distorceram





A Verdadeira História Bíblica de Israel e do Povo Judeu | Parte 1



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Este  video no inicio parece ter assuntos estranhos, mas siga até o final
porque tem um assunto teológico muito importante 

Quem são os Judeus? Quem é Israel? Quem é povo de Deus hoje?



PENSAMENTO JUDAICO MESSIANICO

CINA - Torah no Reino Milenar, Falsos Profetas


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. OS PATRIARCAS


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OS PROFETAS


AS AULAS SEGUINTES, SIGA POR ORDEM NUMÉRICA
NO YOUTUBE
https://www.youtube.com/watch?v=PQTKnLjnD-I&list=PL8ACD4044C8459B11

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PROFECIA E SEUS SÍMBOLOS

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Estudo Completo do Apocalipse - Pr. Luís Gonçalves - 27 Temas - 

Faça o estudo seguindo os links abaixo  .O meu parecer é que você estude um tema por dia
afim de que possa fora da internet, ter a sua biblia na mão
e segundo as anotações que você fez, aprofunde o assunto
Boa sorte !

1ª-Apocalipse      
12-A quinta Verdade Lançada sobre a Terra  (infelizmente esta aula está comprometida
                                          por defeito no vídeo.Aproveite ao máximo ´que for possivel )


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CURSO MINISTRADO PELA IGREJA PRESBITERIANA

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1 Livre Arbitrio
2-Eclesiologia 
3-Princio para o culto Cristão 
4-Avivamento espiritual
5-Batismo com o Espirito Santo
6-Batismo com o Espirito Santo 
7-O Tabernáculo da Antiga Aliança 

PARA COMPARAR LINHA DE PENSAMENTO

Soberania de Deus e Livre Arbítrio (Caio Fabio )




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QUEM ESCREVEU A BÍBLIA

  

Quem escreveu a Bíblia?

A história de Deus foi escrita pelos homens. Mas quem é o autor do livro mais influente de todos os tempos? As respostas são surpreendentes - e vão mudar sua maneira de ver as Escrituras

por Texto José Francisco Botelho

Em algum lugar do Oriente Médio, por volta do século 10 a.C., uma pessoa decidiu escrever um livro. Pegou uma pena, nanquim e folhas de papiro (uma planta importada do Egito) e começou a contar uma história mágica, diferente de tudo o que já havia sido escrito. Era tão forte, mas tão forte, que virou uma obsessão. Durante os 1 000 anos seguintes, outras pessoas continuariam reescrevendo, rasurando e compilando aquele texto, que viria a se tornar o maior best seller de todos os tempos: a Bíblia. Ela apresentou uma teoria para o surgimento do homem, trouxe os fundamentos do judaísmo e do cristianismo, influenciou o surgimento do islã, mudou a história da arte – sem a Bíblia, não existiriam os afrescos de Michelangelo nem os quadros de Leonardo da Vinci – e nos legou noções básicas da vida moderna, como os direitos humanos e o livre-arbítrio. Mas quem escreveu, afinal, o livro mais importante que a humanidade já viu? Quem eram e o que pensavam essas pessoas? Como criaram o enredo, e quem ditou a voz e o estilo de Deus? O que está na Bíblia deve ser levado ao pé da letra, o que até hoje provoca conflitos armados? A resposta tradicional você já conhece: segundo a tradição judaico-cristã, o autor da Bíblia é o próprio Todo-Poderoso. E ponto final. Mas a verdade é um pouco mais complexa que isso.
A própria Igreja admite que a revelação divina só veio até nós por meio de mãos humanas. A palavra do Senhor é sagrada, mas foi escrita por reles mortais. Como não sobraram vestígios nem evidências concretas da maioria deles, a chave para encontrá-los está na própria Bíblia. Mas ela não é um simples livro: imagine as Escrituras como uma biblioteca inteira, que guarda textos montados pelo tempo, pela história e pela fé. Aliás, o termo “Bíblia”, que usamos no singular, vem do plural grego ta biblia ta hagia – “os livros sagrados”. A tradição religiosa sempre sustentou que cada livro bíblico foi escrito por um autor claramente identificável. Os 5 primeiros livros do Antigo Testamento (que no judaísmo se chamam Torá e no catolicismo Pentateuco) teriam sido escritos pelo profeta Moisés por volta de 1200 a.C. Os Salmos seriam obra do rei Davi, o autor de Juízes seria o profeta Samuel, e assim por diante. Hoje, a maioria dos estudiosos acredita que os livros sagrados foram um trabalho coletivo. E há uma boa explicação para isso.
As histórias da Bíblia derivam de lendas surgidas na chamada Terra de Canaã, que hoje corresponde a Líbano, Palestina, Israel e pedaços da Jordânia, do Egito e da Síria. Durante séculos acreditou-se que Canaã fora dominada pelos hebreus. Mas descobertas recentes da arqueologia revelam que, na maior parte do tempo, Canaã não foi um Estado, mas uma terra sem fronteiras habitada por diversos povos – os hebreus eram apenas uma entre muitas tribos que andavam por ali. Por isso, sua cultura e seus escritos foram fortemente influenciadas por vizinhos como os cananeus, que viviam ali desde o ano 5000 a.C. E eles não foram os únicos a influenciar as histórias do livro sagrado.
As raízes da árvore bíblica também remontam aos sumérios, antigos habitantes do atual Iraque, que no 3o milênio a.C. escreveram a Epopéia de Gilgamesh. Essa história, protagonizada pelo semideus Gilgamesh, menciona uma enchente que devasta o mundo (e da qual algumas pessoas se salvam construindo um barco). Notou semelhanças com a Bíblia e seus textos sobre o dilúvio, a arca de Noé, o fato de Cristo ser humano e divino ao mesmo tempo? Não é mera coincidência. “A Bíblia era uma obra aberta, com influências de muitas culturas”, afirma o especialista em história antiga Anderson Zalewsky Vargas, da UFRGS.
Foi entre os séculos 10 e 9 a.C. que os escritores hebreus começaram a colocar essa sopa multicultural no papel. Isso aconteceu após o reinado de Davi, que teria unificado as tribos hebraicas num pequeno e frágil reino por volta do ano 1000 a.C. A primeira versão das Escrituras foi redigida nessa época e corresponde à maior parte do que hoje são o Gênesis e o Êxodo. Nesses livros, o tema principal é a relação passional (e às vezes conflituosa) entre Deus e os homens. Só que, logo no começo da Beeblia, já existiu uma divergência sobre o papel do homem e do Senhor na história toda. Isso porque o personagem principal, Deus, é tratado por dois nomes diferentes.
Em alguns trechos ele é chamado pelo nome próprio, Yahweh – traduzido em português como Javé ou Jeová. É um tratamento informal, como se o autor fosse íntimo de Deus. Em outros pontos, o Todo-Poderoso é chamado de Elohim, um título respeitoso e distante (que pode ser traduzido simplesmente como “Deus”). Como se explica isso? Para os fundamentalistas, não tem conversa: Moisés escreveu tudo sozinho e usou os dois nomes simplesmente porque quis. Só que um trecho desse texto narra a morte do próprio Moisés. Isso indica que ele não é o único autor. Os historiadores e a maioria dos religiosos aceitam outra teoria: esses textos tiveram pelo menos outros dois editores.
Acredita-se que os trechos que falam de Javé sejam os mais antigos, escritos numa época em que a religiosidade era menos formal. Eles contêm uma passagem reveladora: antes da criação do mundo, “Yahweh não derramara chuva sobre a terra, e nem havia homem para lavrar o solo”. Essa frase, “não havia homem para lavrar o solo”, indica que, na primeira versão da Bíblia, o homem não era apenas mais uma criação de Deus – ele desempenha um papel ativo e fundamental na história toda. “Nesse relato, o homem é co-criador do mundo”, diz o teólogo Humberto Gonçalves, do Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos, no Rio Grande do Sul.
Pelo nome que usa para se referir a Deus (Javé), o autor desses trechos foi apelidado de Javista. Já o outro autor, que teria vivido por volta de 850 a.C., é apelidado de Eloísta. Mais sisudo e religioso, ele compôs uma narrativa bastante diferente. Ao contrário do Deus-Javé, que fez o mundo num único dia, o Deus-Elohim levou 6 (e descansou no 7o). Nessa história, a criação é um ato exclusivo de Deus, e o homem surge apenas no 6o dia, junto aos animais.
Tempos mais tarde, os dois relatos foram misturados por editores anônimos – e a narrativa do Eloísta, mais comportada, foi parar no início das Escrituras. Começando por aquela frase incrivelmente simples e poderosa, notória até entre quem nunca leu a Bíblia: “E, no início, Deus criou o céu e a terra...”
Em 589 a.C., Jerusalém foi arrasada pelos babilônios, e grande parte da população foi aprisionada e levada para o atual Iraque. Décadas depois, os hebreus foram libertados por Ciro, senhor do Império Persa – um conquistador “esclarecido”, que tinha tolerância religiosa. Aos poucos, os hebreus retornaram a Canaã – mas com sua fé transformada. Agora os sacerdotes judaicos rejeitavam o politeísmo e diziam que Javé era o único e absoluto deus do Universo. “O monoteísmo pode ter surgido pelo contato com os persas – a religião deles, o masdeísmo, pregava a existência de um deus bondoso, Ahura Mazda, em constante combate contra um deus maligno, Arimã. Essa noção se reflete até na idéia cristã de um combate entre Deus e o Diabo”, afirma Zalewsky, da UFRGS.
A versão final do Pentateuco surgiu por volta de 389 a.C. Nessa época, um religioso chamado Esdras liderou um grupo de sacerdotes que mudaram radicalmente o judaísmo – a começar por suas escrituras. Eles editaram os livros anteriores e escreveram a maior parte dos livros Deuteronômio, Números, Levítico e também um dos pontos altos da Bíblia: os 10 Mandamentos. Além de afirmar o monoteísmo sem sombra de dúvidas (“amarás a Deus acima de todas as coisas” é o primeiro mandamento), a reforma conduzida por Esdras impunha leis religiosas bem rígidas, como a proibição do casamento entre hebreus e não-hebreus. Algumas das leis encontradas no Levítico se assemelham à ética moderna dos direitos humanos: “Se um estrangeiro vier morar convosco, não o maltrates. Ama-o como se fosse um de vós”.
Outras passagens, no entanto, descrevem um Senhor belicoso, vingativo e sanguinário, que ordena o extermínio de cidades inteiras – mulheres e crianças incluídas. “Se a religião prega a compaixão, por que os textos sagrados têm tanto ódio?”, pergunta a historiadora americana Karen Armstrong, autora de um novo e provocativo estudo sobre a Bíblia. Para os especialistas, a violência do Antigo Testamento é fruto dos séculos de guerras com os assírios e os babilônios. Os autores do livro sagrado foram influenciados por essa atmosfera de ódio, e daí surgiram as histórias em que Deus se mostra bastante violento e até cruel. Os redatores da Bíblia estavam extravasando sua angústia.
Por volta do ano 200 a.C., o cânone (conjunto de livros sagrados) hebraico já estava finalizado e começou a se alastrar pelo Oriente Médio. A primeira tradução completa do Antigo Testamento é dessa época. Ela foi feita a mando do rei Ptolomeu 2o em Alexandria, no Egito, grande centro cultural da época. Segundo uma lenda, essa tradução (de hebraico para grego) foi realizada por 72 sábios judeus. Por isso, o texto é conhecido como Septuaginta. Além da tradução grega, também surgiram versões do Antigo Testamento no idioma aramaico – que era uma espécie de língua franca do Oriente Médio naquela época.
Dois séculos mais tarde, a Bíblia em aramaico estava bombando: ela era a mais lida na Judéia, na Samária e na Galiléia (províncias que formam os atuais territórios de Israel e da Palestina). Foi aí que um jovem judeu, grande personagem desta história, começou a se destacar. Como Sócrates, Buda e outros pensadores que mudaram o mundo, Jesus de Nazaré nada deixou por escrito – os primeiros textos sobre ele foram produzidos décadas após sua morte.
E o cristianismo já nasceu perseguido: por se recusarem a cultuar os deuses oficiais, os cristãos eram considerados subversivos pelo Império Romano, que dominava boa parte do Oriente Médio desde o século 1 a.C. Foi nesse clima de medo que os cristãos passaram a colocar no papel as histórias de Jesus, que circulavam em aramaico e também em coiné – um dialeto grego falado pelos mais pobres. “Os cristãos queriam compreender suas origens e debater seus problemas de identidade”, diz o teólogo Paulo Nogueira, da Universidade Metodista de São Paulo. Para fazer isso, criaram um novo gênero literário: o evangelho. Esse termo, que vem do grego evangélion (“boa-nova”), é um tipo de narrativa religiosa contando os milagres, os ensinamentos e a vida do Messias.
A maioria dos evangelhos escritos nos séculos 1 e 2 desapareceu. Naquela época, um “livro” era um amontoado de papiros avulsos, enrolados em forma de pergaminho, podendo ser facilmente extraviados e perdidos. Mas alguns evangelhos foram copiados e recopiados à mão, por membros da Igreja. Até que, por volta do século 4, tomaram o formato de códice – um conjunto de folhas de couro encadernadas, ancestral do livro moderno. O problema é que, a essa altura do campeonato, gerações e gerações de copiadores já haviam introduzido alterações nos textos originais – seja por descuido, seja de propósito. “Muitos erros foram feitos nas cópias, erros que às vezes mudaram o sentido dos textos. Em certos casos, tais erros foram também propositais, de acordo com a teologia do escrivão”, afirma o padre e teólogo Luigi Schiavo, da Universidade Católica de Goiás. Quer ver um exemplo?
Sabe aquela famosa cena em que Jesus salva uma adúltera prestes a ser apedrejada? De acordo com especialistas, esse trecho foi inserido no Evangelho de João por algum escriba, por volta do século 3. Isso porque, na época, o cristianismo estava cortando seu cordão umbilical com o judaísmo. E apedrejar adúlteras é uma das leis que os sacerdotes-escritores judeus haviam colocado no Pentateuco. A introdução da cena em que Jesus salva a adúltera passa a idéia de que os ensinamentos de Cristo haviam superado a Torá – e, portanto, os cristãos já não precisavam respeitar ao pé da letra todos os ensinamentos judeus.
A julgar pelo último livro da Bíblia cristã, o Apocalipse (que descreve o fim do mundo), o receio de ter suas narrativas “editadas” era comum entre os autores do Novo Testamento. No versículo 18, lê-se uma terrível ameaça: “Se alguém fizer acréscimos às páginas deste livro, Deus o castigará com as pragas descritas aqui”. Essa ameaça reflete bem o clima dos primeiros séculos do cristianismo: uma verdadeira baderna teológica, com montes de seitas defendendo idéias diferentes sobre Deus e o Messias. A seita dos docetas, por exemplo, acreditava que Jesus não teve um corpo físico. Ele seria um espírito, e sua crucificação e morte não passariam – literalmente – de ilusão de ótica. Já os ebionistas acreditavam que Jesus não nascera Filho de Deus, mas fora adotado, já adulto, pelo Senhor. A primeira tentativa de organizar esse caos das Escrituras ocorreu por volta de 142 – e o responsável não foi um clérigo, mas um rico comerciante de navios chamado Marcião.
A Bíblia segundo Marcião
Ele nasceu na atual Turquia, foi para Roma, converteu-se ao cristianismo, virou um teólogo influente e resolveu montar sua própria seleção de textos sagrados. A Bíblia de Marcião era bem diferente da que conhecemos hoje. Isso porque ele simpatizava com uma seita cristã hoje desaparecida, o gnosticismo. Para os gnósticos, o Deus do Velho Testamento não era o mesmo que enviara Jesus – na verdade, as duas divindades seriam inimigas mortais. O Deus hebraico era monstruoso e sanguinário, e controlava apenas o mundo material. Já o universo espiritual seria dominado por um Deus bondoso, o pai de Jesus. A Bíblia editada por Marcião continha apenas o Evangelho de João, 11 cartas de Paulo e nenhuma página do Velho Testamento. Se as idéias de Marcião tivessem triunfado, hoje as histórias de Adão e Eva no paraíso, a arca de Noé e a travessia do mar Vermelho não fariam parte da cultura ocidental. Mas, por volta de 170, o gnosticismo foi declarado proibido pelas autoridades eclesiásticas, e o primeiro editor da Bíblia cristã acabou excomungado.
Roma, até então pior inimiga dos cristãos, ia se rendendo à nova fé. Em 313, o imperador romano Constantino se aliou à Igreja. Ele pretendia usar a força crescente da nova religião para fortalecer seu império. Para isso, no entanto, precisava de uma fé una e sólida. A pressão de Constantino levou os mais influentes bispos cristãos a se reunirem no Concílio de Nicéia, em 325, para colocar ordem na casa de Deus. Ali, surgiu o cânone do cristianismo – a lista oficial de livros que, segundo a Igreja, realmente haviam sido inspirados por Deus.
“A escolha também era política. Um grupo afirmou seu poder e autoridade sobre os outros”, diz o padre Luigi. Esse grupo era o dos cristãos apostólicos, que ganharam poder ao se aliar com o Império Romano. Os apostólicos eram, por assim dizer, o “partido do governo”. E por isso definiram o que iria entrar, ou ser eliminado, das Escrituras.
Eles escolheram os evangelhos de Marcos, Mateus, Lucas e João para representar a biografia oficial de Cristo, enquanto as invenções dos docetas, dos ebionistas e de outras seitas foram excluídas, e seus autores declarados hereges. Os textos excluídos do cânone ganharam o nome de “apócrifos” – palavra que vem do grego apocrypha, “o que foi ocultado”. A maioria dos apócrifos se perdeu – afinal de contas, os escribas da Igreja não estavam interessados em recopiá-los para a posteridade. Mas, com o surgimento da arqueologia, no século 19, pedaços desses textos foram encontrados nas areias do Oriente Médio. É o caso de um polêmico texto encontrado em 1886 no Egito. Ele é assinado por uma certa “Maria” que muitos acreditam ser a Madalena, discípula de Jesus, presente em vários trechos do Novo Testamento. O evangelho atribuído a ela é bem feminista: Madalena é descrita como uma figura tão importante quanto Pedro e os outros apóstolos. Nos primórdios do cristianismo, as mulheres eram aceitas no clero – e eram, inclusive, consideradas capazes de fazer profecias. Foi só no século 3 que o sacerdócio virou monopólio masculino, o que explicaria a censura da apóstola e seu testemunho. Aliás, tudo indica que Madalena não foi prostituta – idéia que teria surgido por um erro na interpretação do livro sagrado. No ano 591, o papa Gregório fez um sermão dizendo que Madalena e outra mulher, também citada nas Escrituras e essa sim ex-pecadora, na verdade seriam a mesma pessoa (em 1967, o Vaticano desfez o equívoco, limpando a reputação de Maria).
Na evolução da Bíblia, foram aparecendo vários trechos machistas – e suspeitos. É o caso de uma passagem atribuída ao apóstolo Paulo: “A mulher aprenda (...) com toda a sujeição. Não permito à mulher que ensine, nem que tenha domínio sobre o homem (...) porque Adão foi formado primeiro, e depois Eva”. É provável que Paulo jamais tenha escrito essas palavras – porque, na época em que ele viveu, o cristianismo não pregava a submissão da mulher. Acredita-se que essa parte tenha sido adicionada por algum escriba por volta do século 2.
Após a conversão do imperador Constantino, o eixo do cristianismo se deslocou do Oriente Médio para Roma. Só que, para completar a romanização da fé, faltava um passo: traduzir a palavra de Deus para o latim. A missão coube ao teólogo Eusebius Hyeronimus, que mais tarde viria a ser canonizado com o nome de são Jerônimo. Sob ordens do papa Damaso, ele viajou a Jerusalém em 406 para aprender hebraico e traduzir o Antigo e o Novo Testamento. Não foi nada fácil: o trabalho durou 17 anos.
Daí saiu a Vulgata, a Bíblia latina, que até hoje é o texto oficial da Igreja Católica. Essa é a Bíblia que todo mundo conhece. “A Vulgata foi o alicerce da Igreja no Ocidente”, explica o padre Luigi. Ela é tão influente, mas tão influente, que até seus erros de tradução se tornaram clássicos. Ao traduzir uma passagem do Êxodo que descreve o semblante do profeta Moisés, são Jerônimo escreveu em latim: cornuta esse facies sua, ou seja, “sua face tinha chifres”. Esse detalhe esquisito foi levado a sério por artistas como Michelangelo – sua famosa escultura representando Moisés, hoje exposta no Vaticano, está ornada com dois belos corninhos. Tudo porque Jerônimo tropeçou na palavra hebraica karan, que pode significar tanto “chifre” quanto “raio de luz”. A tradução correta está na Septuaginta: o profeta tinha o rosto iluminado, e não chifrudo. Apesar de erros como esse, a Vulgata reinou absoluta ao longo da Idade Média – durante séculos, não houve outras traduções.
O único jeito de disseminar o livro sagrado era copiá-lo à mão, tarefa realizada pelos monges copistas. Eles raramente saíam dos mosteiros e passavam a vida copiando e catalogando manuscritos antigos. Só que, às vezes, também se metiam a fazer o papel de autores.
Após a queda do Império Romano, grande parte da literatura da Antiguidade grega e romana se perdeu – foi graças ao trabalho dos monges copistas que livros como a Ilíada e a Odisséia chegaram até nós. Mas alguns deles eram meio malandros: costumavam interpolar textos nas Escrituras Sagradas para agradar a reis e imperadores. No século 15, por exemplo, monges espanhóis trocaram o termo “babilônios” por “infiéis” no texto do Antigo Testamento – um truque para atacar os muçulmanos, que disputavam com os espanhóis a posse da península Ibérica.
Escrituras em série
Tudo isso mudou após a invenção da imprensa, em 1455. Agora ninguém mais dependia dos copistas para multiplicar os exemplares da Bíblia. Por isso, o grande foco de mudanças no texto sagrado passou a ser outro: as traduções.Em 1522, o pastor Martinho Lutero usou a imprensa para divulgar em massa sua tradução da Bíblia, que tinha feito direto do hebraico e do grego para o alemão. Era a primeira vez que o texto sagrado era vertido numa língua moderna – e a nova versão trouxe várias mudanças, que provocavam a Igreja (veja quadro na pág. 65). Logo depois um britânico, William Tyndale, ousou traduzir a Bíblia para o inglês. No Novo Testamento, ele traduziu a palavra ecclesia por “congregação”, em vez de “igreja”, o termo preferido pelas traduções católicas. A mudança nessa palavrinha era um desafio ao poder dos papas: como era protestante, Tyndale tinha suas diferenças com a Igreja. Resultado? Ele foi queimado como herege em 1536. Mas até hoje seu trabalho é referência para as versões inglesas do livro sagrado.
A Bíblia chegou ao nosso idioma em 1753 – quando foi publicada sua primeira tradução completa para o português, feita pelo protestante João Ferreira de Almeida. Hoje, a tradução considerada oficial é a feita pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e lançada em 2001. Ela é considerada mais simples e coloquial que as traduções anteriores. De lá para cá, a Bíblia ganhou o mundo e as línguas. Já foi vertida para mais de 300 idiomas e continua um dos livros mais influentes do mundo: todos os anos, são publicadas 11 milhões de cópias do texto integral, e 14 milhões só do Novo Testamento.
Depois de tantos séculos de versões e contra-versões, ainda não há consenso sobre a forma certa de traduzi-la. Alguns buscam traduções mais próximas do sentido e da época original – como as passagens traduzidas do hebraico pelo lingüista David Rosenberg na obra O Livro de J, de 1990. Outros acham que a Bíblia deve ser modernizada para atrair leitores. O lingüista Eugene Nida, que verteu a Bíblia na década de 1960, chegou ao extremo de traduzir a palavra “sestércios”, a antiga moeda romana, por “dólares”. Em 2008, duas versões igualmente ousadas estão agitando as Escrituras: a Green Bible (“Bíblia Verde”, ainda sem versão em português), que destaca 1 000 passagens relacionadas à ecologia – como o momento em que Jó fala sobre os animais –, e a Bible Illuminated (‘Bíblia Iluminada”, em inglês), com design ultramoderno e fotos de celebridades como Nelson Mandela e Angelina Jolie.
A Bíblia se transforma, mas uma coisa não muda: cada pessoa, ou grupo de pessoas, a interpreta de uma maneira diferente – às vezes, com propósitos equivocados. Em pleno século 21, pastores fundamentalistas tentam proibir o ensino da Teoria da Evolução nas escolas dos EUA, sendo que a própria Igreja aceita as teorias de Darwin desde a década de 1950. Líderes como o pastor Jerry Falwell defendem o retorno da escravidão e o apedrejamento de adúlteros, e no Oriente Médio rabinos extremistas usam trechos da Torá para justificar a ocupação de terras árabes. Por quê? Porque está na Bíblia, dizem os radicais. Não é nada disso. Hoje, os principais estudiosos afirmam que a Bíblia não deve ser lida como um manual de regras literais – e sim como o relato da jornada, tortuosa e cheia de percalços, do ser humano em busca de Deus. Porque esse é, afinal, o verdadeiro sentido dessa árvore de histórias regada há 3 mil anos por centenas de mãos, cabeças e corações humanos: a crença num sentido transcendente da existência.

Top 5 pragas

I. Quando os hebreus eram escravos no Egito, o Senhor enviou 10 pragas contra os opressores do povo escolhido. A primeira delas foi transformar toda a água do país em sangue (Êxodo 7:21).
II. Como o faraó não libertava os hebreus, o Senhor radicalizou: matou, numa só noite, todos os primogênitos do Egito. “E houve grande clamor no país, pois não havia casa onde não houvesse um morto” (Êxodo 12:30).
III. Desgostoso com os pecados de Sodoma e Gomorra, Deus destruiu as duas cidades com uma chuvarada de fogo e enxofre (Gênesis 19:24).
IV. Para punir as deso­bediências do rei Davi, o Senhor enviou uma doença não identificada, que matou 70 mil homens e 200 mil mulheres e crianças (2 Samuel, 24: 1-13).
V. Quando a nação dos filisteus roubou a arca da Aliança, onde estavam guardados os 10 Mandamentos, o Senhor os castigou com um surto de hemorróidas letais. “Os intestinos lhes saíam para fora e apodreciam” (1 Samuel 5:9) .

Os possíveis autores

1200 a.C. - Moisés
Segundo uma lenda judaica, a Torá (obra precursora da Bíblia) teria sido escrita por ele. Mas há controvérsias, pois existe um trecho da Torá que diz: “Moisés morreu e foi sepultado pelo Senhor próximo a Fegor”. Ora, se Moisés é o autor do texto, como ele poderia ter relatado a própria morte?
1000 a.C. - Javista
Viveu na corte do rei Davi, no antigo reino de Israel, e era um aristocrata. Ou, quem sabe, uma aristocrata: para o crítico Harold Bloom, Javista era mulher. Isso porque os personagens femininos da Bíblia (Eva e Sara, por exemplo) são muito mais elaborados que os masculinos.
Século 4 a.C. - Esdras
Líder religioso que reformou o judaísmo e possível editor do Pentateuco (5 primeiros livros da Bíblia). Vários trechos bíblicos editados por ele pregam a violência: “Derrubareis todos os altares dos povos que ides expropriar, queimareis as casas, e mudareis os nomes desses lugares”.
Século 1 - Paulo
Nunca viu Cristo pessoalmente, mas foi o primeiro a escrever sobre ele. Nascido na Turquia, Paulo viajou e fundou igrejas pelo Oriente Médio. Ele escrevia cartas para essas igrejas, contando a incrível aventura de um tal Jesus – que foi crucificado e ressuscitou.
Século 1 - Maria Madalena
Estava entre os discípulos favoritos de Jesus – e, diferentemente do que o Vaticano sustentou durante séculos, nunca foi prostituta. Pelo contrário: tinha influência no cristianismo e é a suposta autora do Apócrifo de Maria, um livro em que fala sobre sua relação pessoal com Jesus e divulga os ensinamentos dele.
Século 1 - João
Escreveu o 4o evangelho do Novo Testamento (João) e o Livro do Apocalipse, o último da Bíblia. Para ele, Jesus não é apenas um messias – é um ser sobrenatural, a própria encarnação de Deus. Essa interpretação mística marca a ruptura definitiva entre judaísmo e fé cristã.
Século 5 - Jerônimo
Nascido no território da atual Hungria, este padre foi enviado a Jerusalém com uma missão importantíssima: traduzir a Bíblia do grego para o latim. Cometeu alguns erros, como dizer que o profeta Moisés tinha chifres (uma confusão com a palavra hebraica karan, que na verdade significa “raio de luz”).
Século 16 - William Tyndale
Possuir trechos da Bíblia em qualquer idioma que não fosse o latim era crime. O professor Tyndale não quis nem saber, traduziu tudo para o inglês, e acabou na fogueira. Mas seu trabalho foi incrivelmente influente: é a base da chamada “Bíblia do Rei James”, até hoje a tradução mais lida nos países de língua inglesa.

Top 5 matanças

I. Um grupo de meninos malcriados zombou da calvície do profeta Eliseu. Pra quê! Na hora, dois ursos famintos saíram de um bosque e comeram as crianças (2 Reis 2:24).
II. Cercado por um exército de filisteus, o herói Sansão apanhou a mandíbula de um jumento morto. Usando o osso como arma, ele massacrou mil inimigos (Juízes, 15:16).
III. O profeta Elias convidou os sacerdotes do deus Baal para uma competição de orações. Era uma armadilha: Elias incitou o povo, que linchou os pagãos (1 Reis 18:40).
VI. Os judeus haviam perdido a fé e começaram a adorar um bezerro de ouro. Moisés ficou furioso e mandou sacerdotes levitas matar 3 mil infiéis (Êxodo 32:19).
V. A nação dos amalequitas disputava o território de Canaã com os judeus. O Senhor ordena que todos os amalequitas sejam chacinados (1 Samuel 15:18).

Top 5 satanagens

I. Após a destruição de Sodoma, os únicos sobreviventes eram Ló e suas duas filhas. As filhas de Lot embebedaram o pai e tiveram com ele a noite mais incestuosa da Bíblia (Gênesis 19:31).
II. O Cântico dos Cânticos, atribuído ao rei Salomão, é altamente erótico. Um dos trechos: “Teu corpo é como a palmeira, e teus seios, como cachos de uvas” (Cânticos 7:7).
III. Os anjos do Senhor tiveram chamegos ilícitos com mulheres mortais. “Vendo os Filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas, tomaram-nas como mulheres, tantas quanto desejaram” (Gênesis 6:2).
IV. A Bíblia diz que os antigos egípcios eram muito bem-dotados. Após a fuga para Canaã, a judia Ooliba tem saudades dos tempos em que se prostituía no Egito. Tudo porque “seus amantes (...) ejaculavam como cavalos” (Ezequiel 23:20).
V. O hebreu Onã casou com a viúva de seu irmão, mas não conseguia fazer sexo com ela – preferia o prazer solitário. Do nome dele vem o termo “onanismo”, que significa masturbação (Gênesis 38:9).

As história da história

Como o livro sagrado evoluiu ao longo dos tempos
Tanach - Século 5 a.C.
É a Bíblia judaica, e tem 3 livros: Torá (palavra hebraica que significa “lei”), Nebiim (“profetas”) e Ketuvim (“escritos”). É parecida com a Bíblia atual, pois os católicos copiaram seus escritos. Contém as sementes do monoteísmo e da ética religiosa, mas também pregações de violência. A primeira das bíblias tem trechos ambíguos e misteriosos – algumas passagens dão a entender que Javé não é o único deus do Universo.
Septuaginta - Século 3 a.C.
O Oriente Médio era dominado pelos gregos e pelos macedônios. Muitos judeus viviam em cidades de cultura grega, como Alexandria, e desejavam adaptar sua religião aos novos tempos. Diz a lenda que Ptolomeu, rei do Egito, reuniu um grupo de 72 sábios judeus para traduzir a Tanach – e fizeram tudo em 72 dias. Por isso, o resultado é conhecido como Septuaginta. Inclui textos que não constam da Tanach.
Novo Testamento - Século 1
A língua do Antigo Testamento é o hebraico, mas o Novo Testamento foi escrito num dialeto grego chamado coiné. Contém os relatos sobre vida, milagres, morte e ressurreição de Jesus – os evangelhos. Em alguns trechos, vai deixando evidente a divergência entre cristianismo e judaísmo. É o caso, por exemplo, do Evangelho de João, em que Jesus é descrito como uma encarnação de Deus (coisa na qual os judeus não acreditavam).
Católica - Século 4
Seus autores decidiram incluir 7 livros que os judeus não reconheciam. São os chamados Deuterocanônicos: Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, Macabeus 1 e 2 (mais trechos dos livros Daniel e Ester). A Bíblia católica bate na tecla do monoteísmo: a palavra hebraica Elohim, usada na Tanach para designar a divindade, é o plural de El, um deus cananeu. Mas foi traduzida no singular e virou “Senhor”.
Ortodoxa - Por volta do século 4
É baseada na Septuaginta, mas também inclui livros considerados apócrifos por católicos e protestantes: Esdras 1, Macabeus 3 e 4 e o Salmo 151. A tradução é mais exata (nesta Bíblia, Moisés nunca teve chifres, um erro de tradução introduzido pela Bíblia latina), e os escritos não são levados ao pé da letra: para os ortodoxos, o que conta são as interpretações do texto bíblico, feitas por teólogos ao longo dos séculos.
Protestante - Século 16
Ao traduzir a Bíblia para o alemão, Martinho Lutero excluiu os livros Deuterocanônicos e mudou algumas coisas. Um exemplo é a palavra grega metanoia, que na Bíblia católica significa “fazer penitência” – uma referência à confissão dos pecados, um dos sacramentos católicos. Já Lutero traduziu metanoia como “reviravolta”. Para ele, confessar os pecados era inútil. O importante era transformar a vida pela fé.

Top 5 milagres

I. O maior de todos os milagres divinos foi o primeiro: a Criação do mundo, pelo poder da palavra. “E Deus disse: que haja luz. E houve luz” (Gênesis 1:3).
II. Para dar-lhe uma amostra de seus poderes, o Senhor leva Ezequiel a um campo cheio de esqueletos – e os traz de volta à vida. “O vento do Senhor soprou neles, e viveram” (Ezequiel, 37; 1-28).
III. Graças à benção divina, o herói Sansão tinha a força de muitos homens. Certa vez, foi atacado por um leão. “O espírito do Senhor deu-lhe poder, e Sansão destroçou a fera com as próprias mãos, como se matasse um cabrito” (Juízes 14:6).
IV. Josué liderava uma batalha contra os amalequitas, mas o Sol estava se pondo. Como não queria lutar no escuro, o hebreu pediu ajuda divina – e o Sol ficou no céu (Josué 10:13).
V. Para fugir do Egito, os hebreus precisavam atravessar o mar Vermelho. E não tinham navios. Moisés ergueu seu bastão e as águas do mar se dividiram. Após a passagem dos hebreus, o profeta deixou que as ondas se fechassem sobre os exércitos do faraó (Êxodo 14; 21-30).
PROGRAMA PARA LER A BIBLIA  COM APROVEITAMENTO E DISCIPLIA 


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Bíblia SagradaRoteiro para Leitura Bíblica diária!
Este programa diário não apresenta os livros na ordem em que se encontram na Bíblia, mas em ordem cronológica. Os livros poéticos e os livros proféticos do Antigo Testamento aparecerem no meio dos livros históricos, na época em que se pensa terem sido escritos. Da mesma forma, as epístolas do Novo Testamento estão colocadas no meio do texto do livro dos Atos dos Apóstolos. Apesar de não concordarem todos os comentaristas com alguns pormenores, os principais estudiosos conservadores da Bíblia aceitam a ordem cronológica aqui apresentada.

JaneiroFevereiroMarçoAbril
DiaLeituraDiaLeituraDiaLeituraDiaLeitura
1Gênesis 1, 21Êxodo 14-171Deuteronômio 4-61I Samuel 21-24
2Gênesis 3-52Êxodo 18-202Deuteronômio 7-92I Samuel 25-28
3Gênesis 6-93Êxodo 21-243Deuteronômio 10-123I Samuel 29-31
4Gênesis 10,114Êxodo 25-274Deuteronômio 13-164II Samuel 1-4
5Gênesis 12-155Êxodo 28-315Deuteronômio 17-195II Samuel 5-8
6Gênesis 16-196Êxodo 32-346Deuteronômio 20-226II Samuel 9-12
7Gênesis 20-227Êxodo 35-377Deuteronômio 23-257II Samuel 13-15
8Gênesis 23-268Êxodo 38-408Deuteronômio 26-288II Samuel 16-18
9Gênesis 27-299Levítico 1-49Deuteronômio 29-319II Samuel 19-21
10Gênesis 30-3210Levítico 5-710Deuteronômio 32-3410II Samuel 22-24
11Gênesis 33-3611Levítico 8-1011Josué 1-311Salmos 1-3
12Gênesis 37-3912Levítico 11-1312Josué 4-612Salmos 4-6
13Gênesis 40-4213Levítico 14-1613Josué 7-913Salmos 7-9
14Gênesis 43-4614Levítico 17-1914Josué 10-1214Salmos 10-12
15Gênesis 47-5015Levítico 20-2315Josué 13-1515Salmos 13-15
16Jó 1-416Levítico 24-2716Josué 16-1816Salmos 16-18
17Jó 5-717Números 1-317Josué 19-2117Salmos 19-21
18Jó 8-1018Números 4-618Josué 22-2418Salmos 22-24
19Jó 11-1319Números 7-1019Juízes 1-419Salmos 25-27
20Jó 14-1720Números 11-1420Juízes 5-820Salmos 28-30
21Jó 18-2021Números 15-1721Juízes 9-1221Salmos 31-33
22Jó 21-2422Números 18-2022Juízes 13-1522Salmos 34-36
23Jó 25-2723Números 21-2423Juízes 16-1823Salmos 37-39
24Jó 28-3124Números 25-2724Juízes 19-2124Salmos 40-42
25Jó 32-3425Números 28-3025Rute 1-425Salmos 43-45
26Jó 35-3726Números 31-3326I Samuel 1-326Salmos 46-48
27Jó 38-4227Números 34-3627I Samuel 4-727Salmos 49-51
28Êxodo 1-428Deuteronômio 1-328I Samuel 8-1028Salmos 52-54
29Êxodo 5-729I Samuel 11-1329Salmos 55-57
30Êxodo 8-1030I Samuel 14-1630Salmos 58-60
31Êxodo 11-1331I Samuel 17-20

MaioJunhoJulhoAgosto
DiaLeituraDiaLeituraDiaLeituraDiaLeitura
1Salmos 61-631Provérbios 1-31II Reis 15-171II Reis 20, 21
2Salmos 64-662Provérbios 4-72Oséias 1-42Sofonias 1-3
3Salmos 67-693Provérbios 8-113Oséias 5-73Habacuque 1-3
4Salmos 70-724Provérbios 12-144Oséias 8-104II Reis 22-25
5Salmos 73-755Provérbios 15-185Oséias 11-145Obadias,
Jeremias 1-2
6Salmos 76-786Provérbios 19-216II Reis 18, 196Jeremias 3-5
7Salmos 79-817Provérbios 22-247Isaías 1-37Jeremias 6-8
8Salmos 82-848Provérbios 25-288Isaías 4-68Jeremias 9-12
9Salmos 85-879Provérbios 29-319Isaías 7-99Jeremias 13-16
10Salmos 88-9010Eclesiastes 1-310Isaías 10-1210Jeremias 17-20
11Salmos 91-9311Eclesiastes 4-611Isaías 13-1511Jeremias 21-23
12Salmos 94-9612Eclesiastes 7-912Isaías 16-1812Jeremias 24-26
13Salmos 97-9913Eclesiastes 10-1213Isaías 19-2113Jeremias 27-29
14Salmos 100-10214Cantares 1-414Isaías 22-2414Jeremias 30-32
15Salmos 103-10515Cantares 5-815Isaías 25-2715Jeremias 33-36
16Salmos 106-10816I Reis 5-716Isaías 28-3016Jeremias 37-39
17Salmos 109-11117I Reis 8-1017Isaías 31-3317Jeremias 40-42
18Salmos 112-11418I Reis 11-1318Isaías 34-3618Jeremias 43-46
19Salmos 115-11819I Reis 14-1619Isaías 37-3919Jeremias 47-49
20Salmo 11920I Reis 17-1920Isaías 40-4220Jeremias 50-52
21Salmos 120-12321I Reis 20-2221Isaías 43-4521Lamentações 1-5
22Salmos 124-12622II Reis 1-322Isaías 46-4822I Crônicas 1-3
23Salmos 127-12923II Reis 4-623Isaías 49-5123I Crônicas 4-6
24Salmos 130-13224II Reis 7-1024Isaías 52-5424I Crônicas 7-9
25Salmos 133-13525II Reis 11 - 14:2025Isaías 55-5725I Crônicas 10-13
26Salmos 136-13826Joel 1-326Isaías 58-6026I Crônicas 14-16
27Salmos 139-14127II Reis 14:21-25;
Jonas 1-4
27Isaías 61-6327I Crônicas 17-19
28Salmos 142-14428II Reis 14:26-29;
Amós 1-3
28Isaías 64-6628I Crônicas 20-23
29Salmos 145-14729Amós 4-629Miquéias 1-429I Crônicas 24-26
30Salmos 148-15030Amós 7-930Miquéias 5-730I Crônicas 27-29
31I Reis 1-431Naum 1-331II Crônicas 1-3

SetembroOutubroNovembroDezembro
DiaLeituraDiaLeituraDiaLeituraDiaLeitura
1II Crônicas 4-61Ester 4-71Lucas 14-171Romanos 5-8
2II Crônicas 7-92Ester 8-102Lucas 18-212Romanos 9-11
3II Crônicas 10-133Esdras 1-43Lucas 22-243Romanos 12-16
4II Crônicas 14-164Ageu 1, 2
Zacarias 1, 2
4João 1-34Atos 20:3 - 22
5II Crônicas 17-195Zacarias 3-65João 4-65Atos 23-25
6II Crônicas 20-226Zacarias 7-106João 7-106Atos 26-28
7II Crônicas 23-257Zacarias 11-147João 11-137Efésios 1-3
8II Crônicas 26-298Esdras 5-78João 14-178Efésios 4-6
9II Crônicas 30-329Esdras 8-109João 18-219Filipenses 1-4
10II Crônicas 33-3610Neemias 1-310Atos 1, 210Colossenses 1-4
11Ezequiel 1-311Neemias 4-611Atos 3-511Hebreus 1-4
12Ezequiel 4-712Neemias 7-912Atos 6-912Hebreus 5-7
13Ezequiel 8-1113Neemias 10-1313Atos 10-1213Hebreus 8-10
14Ezequiel 12-1414Malaquias 1-414Atos 13, 1414Hebreus 11-13
15Ezequiel 15-1815Mateus 1-415Tiago 1,215Filemon,
I Pedro 1,2
16Ezequiel 19-2116Mateus 5-716Tiago 3-516I Pedro 3-5
17Ezequiel 22-2417Mateus 8-1117Gálatas 1-317II Pedro 1-3
18Ezequiel 25-2718Mateus 12-1518Gálatas 4-618I Timóteo 1-3
19Ezequiel 28-3019Mateus 16-1919Atos 15-18:1119I Timóteo 4-6
20Ezequiel 31-3320Mateus 20-2220I Tessalonic. 1 a 520Tito 1-3
21Ezequiel 34-3621Mateus 23-2521II Tessalonic. 1 a 3,
Atos 18:12 a 19:10
21II Timóteo 1-4
22Ezequiel 37-3922Mateus 26-2822I Coríntios 1-422I João 1, 2
23Ezequiel 40-4223Marcos 1-323I Coríntios 5-823I João 3-5
24Ezequiel 43-4524Marcos 4-624I Coríntios 9-1224II e III João
Judas
25Ezequiel 46-4825Marcos 7-1025I Coríntios 13-1625Apocalipse 1-3
26Daniel 1-326Marcos 11-1326Atos 19:11 a 20:1
II Coríntios 1-3
26Apocalipse 4-6
27Daniel 4-627Marcos 14-1627II Coríntios 4-627Apocalipse 7-9
28Daniel 7-928Lucas 1-328II Coríntios 7-928Apocalipse 10-12
29Daniel 10-1229Lucas 4-629II Coríntios 10-1329Apocalipse 13-15
30Ester 1-330Lucas 7-930Atos 20:2
Romanos 1-4
30Apocalipse 16-18
31Lucas 10-1331Apocalipse 19-22

fonte: "Através da Bíblia POR Leslie B. Flynn 

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